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Foto do escritorVanessa Barcellos

Crítica: qual a melhor "Convenção das Bruxas"? O original ou o remake?

Provavelmente se você faz parte do time de pessoas que durante a infância e adolescência acompanhou filmes na Sessão da Tarde da Rede Globo, você conhece este filme. “Convenção das Bruxas”, uma adaptação do livro de Roald Dahl, estreou em 1990 e faz parte dos clássicos filmes que fizeram parte das tardes de muita gente. O longa encantou, apavorou e conquistou milhares de telespectadores. E agora, 30 anos depois, na era dos remakes, o filme ganhou uma nova versão!


A nova versão de "Convenção das Bruxas" estreou este mês! | Imagem: Divulgação

Sinopse: “Convenção das Bruxas” conta a história de um menino órfão que vai morar com sua avó. Em um determinado momento, os dois se hospedam em um hotel de luxo e o garoto se depara com uma convenção de bruxas onde discutem sobre um plano para exterminar todas as crianças do mundo.


Crítica sem spoilers!


O elenco


Nesta nova versão, o diretor escolhido foi o Robert Zemeckis, responsável por clássicos como Forrest Gump – O Contador de Histórias e a trilogia De Volta Para o Futuro. Além de um nome super conhecido comandando o longa, “Convenção das Bruxas” também conta com um elenco fantástico. O ator Jahzir Bruno interpreta o menino que encontra as bruxas no hotel e a carismática Octavia Spencer dá vida à sua doce avó. Uma mudança mais que bem-vinda, já que na primeira versão estes dois personagens eram interpretados por atores brancos e agora com Jahzir e Octavia temos o protagonismo com atores pretos. Com essa mudança a narrativa da história também muda, trazendo a tona questões raciais de forma suave.


A sintonia de Octavia e Jahzir dá ainda mais brilho aos personagens. | Imagem: Reprodução

O elenco também se engrandece com a antagonização de Anne Hathaway vivendo o papel da Grande Bruxa que anteriormente era interpretado pela Anjelica Huston. E falando em bruxas, a primeira versão do longa trazia na cena clássica onde as malfeitoras retiram suas luvas e perucas, éramos surpreendidos por uma transformação realista feita com maquiagem. No remake, a direção faz uso de efeitos visuais que ajudam a minimizar, e talvez tornar até invisível, o medo que sentiríamos em algumas cenas.


Anne Hathaway vai de contramão ao que Anjelica Huston fez quando interpretou a personagem. Enquanto Houston dá para a bruxa facetas de falsidade, mistério e expressões singelas mais ainda assim fortes, Hathaway vive uma bruxa caricata, com sotaque e gestos exacerbados. Essa nova versão da Grande Bruxa traz para o clássico um terror confortável para o público infantojuvenil.


No filme, Anne Hathaway vive a Grande Bruxa! | Imagem: Reprodução

Mas sem dúvidas, o grande destaque da nova versão é Octavia Spencer. Na primeira versão tínhamos uma avó forte e determinada e Octavia conseguiu dar ainda mais força para essas características. A atriz traz um lado mais humano para a personagem reafirmando a ideia que temos de uma avó: uma mulher forte mesmo quando vulnerável, determinada, afetuosa e compreensiva. Não é muito diferente de outros trabalhos que ela já fez, mas ainda assim, esses pontos formam uma conexão de empatia com o espectador.


A doçura de Octavia torna a Avó ainda mais humana. | Imagem: Reprodução

Ainda temos no elenco Stanley Tucci vivendo o Sr. Stringer, Chris Rock como a voz do Garoto narrando toda a história e Kristin Chenoweth como a voz de Daisy. Além do elenco, precisamos destacar mais dois pontos fortes da nova versão estrelada: A fotografia do filme é muito bem feita e unida a efeitos visuais se torna ainda mais grandiosa, e a trilha sonora com canções de Four Tops e The Isley Brothers em um momentos afetuosos entre avó e neto.


Original x Remake: Qual é melhor?


A discussão sobre as adaptações de clássicos sempre dividem opiniões e com “Convenção das Bruxas” a história se repete. Pelo exagero de efeitos visuais e uso de personagens caricatos, possa ser que muitas pessoas, em sua maioria os que acompanharam a primeira versão, não gostem da adaptação. Por outro lado, possam existir pessoas que se encantem mais com os personagens e por isso, dêem cinco estrelas para o remake. No final das contas, resta assistir ao filme para termos a construção de uma opinião pessoal sobre o longa.


De modo geral, “Convenção das Bruxas” é divertido e tem seus momentos fofos de nos fazer suspirar. É um filme bom para ver com os amigos e com a família e mesmo tendo algumas tiradas meio clichês, ele prende suficiente o público em sua trama.


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