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Mana do Mês de setembro: Beyoncé | Parte 1

Por Luísa Silveira e Vanessa Barcellos


Beyoncé definitivamente dispensa apresentações. A Rainha do Pop, que carrega o grande peso de ser a artista mais sensata e adorada dos últimos tempos é, sem dúvida, referência de pessoa bem sucedida. E, em comemoração aos 39 anos da cantora, iremos dedicar o mês de setembro inteiro a ela. Porque, afinal, ela merece!


Hoje, vamos relembrar um pouco mais sobre sua história: como foi sua infância e quais os principais marcos de sua carreira. Mas, teremos ainda muito outros conteúdos em homenagem a Queen B, rainha de todas nós!


Beyoncé Giselle Knowles


Em 4 de setembro de 1981, em Houston, no Texas, nascia Beyoncé Giselle Knowles - até então, sem o sobrenome Carter. Filha de um executivo musical e uma figurinista e hair stylist, Bey sempre estava cercada pela arte em geral, principalmente música. Não à toa, ela e sua irmã mais nova, Solange, trabalham no meio musical.


Ainda na escola primária, a jovem se matriculou em disciplinas artísticas, focando especificamente na dança, como com ballet e jazz, mas não demorou muito para que a voz potente de Bey fosse notada. Com apenas sete anos, ela chamou atenção ao participar de seu primeiro show de talentos, cantando "Imagine", de John Lennon. É claro que muitos ficaram surpresos com o talento da criança que, já tão jovem, tinha domínio de sua voz e boa presença de palco. É o que falam, né, artista nata!


Baby Queen B | Foto: Acervo pessoal

Com nove anos, seus pais a matricularam em uma escola de música. Além de participar do coral da instituição, Beyoncé também cantava muito na Igreja. A religião, como um todo, é muito importante para toda família Knowles até os dias de hoje.


Na mesma época, a artista resolveu formar seu primeiro grupo musical, inicialmente com LaTavia e Kelly. Anos mais tarde, LeToya entraria na jogada e assim nascia o que viria a ser seu trio de grande sucesso - mas que, por enquanto, era uma espécie de banda chamada Girl's Tyme, sem a participação das integrantes Michelle Willians (parte do trio final, junto de Beyoncé e Kelly) e Farrah Franklin. Elas dançavam, cantavam e participavam de festivais e concursos. Chegaram a chamar a atenção de alguns produtores, mas nada que de fato iniciasse sua carreira.


LeToya, Kelly, Beyoncé e LaTavia, a formação original da banda | Foto: Reprodução (Beyonce.com)

Foi em 1995, quando o pai de Beyoncé decidiu largar seu emprego e se tornar empresário da banda em tempo integral que as coisas começaram a mudar, para melhor e para pior. Apesar de conseguirem um pouco mais de atenção da mídia, a família de Beyoncé passou por tempos difíceis, principalmente em termos financeiros. Isso foi uma das razões que fez com que Mathew e Tina, pais da cantora, se separassem por um tempo.


Mas o sucesso estava cada vez mais próximo. Em uma jogada certeira, o grupo foi rebatizado de Destiny's Child em 1997, em homenagem a uma história bíblica. E o sucesso finalmente começava a aparecer para Beyoncé!


I am… Beyoncé


O talento das Destiny’s Child era inegável e, ainda em 1997, além de assinar um contrato com a Columbia Records, tiveram a oportunidade de ver sua primeira música gravada no estúdio, “Killing Time” entrar para a trilha sonora do filme “Men in Black”. As meninas colecionavam números favoráveis, vendendo mais de um milhão de cópias no primeiro álbum que levava o nome do grupo e com o segundo, “The Writing's on the Wall”, venceram duas categorias no Grammy Awards de 2001, pela música “Say My Name”.



Mas além do sucesso do grupo, um outro fator era notório: Beyoncé se destacava entre as demais integrantes. Isso foi ficando cada vez mais forte entre os anos de 1998 e 1999, quando Bey resolveu, em paralelo com a Destiny’s Child, trilhar também sua própria carreira solo. Mas, além disso, ela também passou a trabalhar como atriz em vários filmes. Em 2002, Beyoncé uniu essas duas habilidades co-estrelando o filme “Austin Powers in Goldmember”, interpretando Foxxy Cleopatra, estreando seu primeiro single da carreira solo na trilha sonora do filme.


Um ano depois vieram dois dos maiores sucessos de sua carreira: “Baby Boy” e “Crazy In Love”. Ambos os singles entraram em primeiro lugar para Billboard Hot 100 e ficaram mais de cinco semanas consecutivas nas paradas. O álbum das canções, “Dangerously in Love”, vendeu mais de 11 milhões de cópias e ganhou 5 Grammys. Já no começo dos anos 2000, Beyoncé mostrava que seu nome ainda seria ouvido por muito tempo. E é claro que nós agradecemos por isso!


Beyoncé foi destaque do Grammy de 2004, levando 5 prêmios | Foto: Divulgação

Com o passar dos anos, Destiny’s Child foi perdendo o sentido para as integrantes, até que em 2005, anunciaram que encerrariam suas atividades. Mas Beyoncé não parou! Dando continuidade em sua carreira cinematográfica, Bey atuou em famosos filmes como “A pantera cor-de-rosa” e “Dreamgilrs”. Na indústria musical, lançou seu segundo álbum no dia de seu 25° aniversário, o “B’Day”. Com os singles “Deja Vú”, “Irreplaceable” e “Beautiful Liar”, o álbum conquistou o Grammy de Melhor Álbum de R&B. Apenas na primeira semana vendeu 541 mil cópias, chegando ao primeiro lugar na Billboard 200 nos EUA, sendo premiado com a tripla platina pela Recording Industry Association of America (RIAA).


Naquele momento não tinha quem não vinculasse o nome de Beyoncé ao sucesso. Em 2008, Bey voltou a brilhar no cinema interpretando Etta James no filme “Cadillac Records”, recebendo diversos elogios da crítica americana. No mesmo ano, seu terceiro álbum era lançado: “I am…Sasha Fierce”, um sucesso mundial. As canções “If I Were a Boy” e "Single Ladies (Put a Ring on It)" foram os maiores sucessos do disco. Era impossível ouvir “Oh oh oh” de “Single Ladies” e não fazer a coreografia, um verdadeiro hit! Inclusive, no MTV Video Music Awards de 2009, o videoclipe da música foi premiado nas categorias Clipe do Ano, Melhor Coreografia e Melhor Edição.



Na mesma época, Bey oficializou seu relacionamento com o rapper Jay-Z, com quem já havia feito diversas parcerias no mundo da música. Eles se casaram no dia 4 de abril de 2008, número que tem bastante importância para Queen B e que, anos depois, seria o nome de seu quarto álbum. Em uma entrevista para a Revista Billboard, Beyoncé revelou o motivo que fez com que escolhesse o número “4” como título do seu novo trabalho.


“É o dia do meu aniversário. A minha mãe e vários amigos meus também fazem aniversário nessa data. Além disso, eu me casei no dia 4. Eu tinha outros nomes em mente, mas parece que meus fãs gostaram desse.”

Fela Kuti, The Stylistics, Lauryn Hill, Stevie Wonder e Off the Wall de Michael Jackson, foram inspirações para o quarto álbum de Beyoncé. O trabalho estreou em primeiro lugar na Billboard 200, vendendo em sua primeira semana 310 mil cópias. Tal acontecimento fez com que Bey se tornasse a segunda artista feminina e a terceira na classificação geral, com quatro álbuns em primeiro lugar na Billboard 200. Novamente, Beyoncé faz tudo!


Foi sucesso atrás de sucesso: “Run the World (Girls)”, "Party", "Countdown" e "Love on Top". A última música, inclusive, foi usada por Bey em uma apresentação no Video Music Awards de 2011 para anunciar sua primeira gravidez. De acordo com a MTV, a performance de Beyoncé e o anúncio de sua gestação fez com que a premiação fosse a mais assistida da história, tendo 12,4 milhões de espectadores.



Em 2013 Queen B seguiu batendo recordes! Com seu novo trabalho “Beyoncé”, ela atingiu a marca de primeiro no iTunes sem nenhuma publicidade, alcançando o número de 800 mil vendas em apenas três dias. Foi o álbum com as vendas mais rápidas lançado no app de streaming. Contou com participações especiais de Jay-Z, as colegas da Destiny’s Child, Kelly Rowland e Michelle Williams, Drake, Frank Ocean, Pharrell Williams e até Justin Timberlake.


Okay, ladies, now let's get in formation...


... 'cause I slay! No ano de 2016 surgiu o “Lemonade”, seu trabalho mais aclamado pela crítica até hoje, recebendo avaliações positivas em todo o mundo, de acordo com o Metacritic - site que coleta opiniões de críticos de música. Várias publicações musicais incluíram o álbum entre os melhores de 2016. A Rolling Stone, por exemplo, colocou Lemonade na liderança.


E no quesito anúncio de gravidez, Beyoncé também arrasa! Se na gravidez de sua primeira filha, Blue Ivy, ela divulgou ao público durante uma apresentação, sua segunda gestação foi anunciada em uma publicação no Instagram. Mas ai de você se pensa que foi algo pequeno. Basicamente, o post de Bey quebrou os recordes de foto mais curtida na rede social.

Beyoncé anunciou sua 2° gravidez no Instagram | Foto: Reprodução

Não podemos deixar de citar um dos grandes momentos de sua carreira: o #Beychella. No ano de 2018, Beyoncé foi atração principal do festival Coachella Valley Music and Arts Festival na California. Esse show fez dela a segunda mulher como atração principal do festival e a primeira mulher negra a se apresentar no palco desde que foi fundado em 1999. Foram duas horas do ápice do significado da palavra “show”: visual impecável, palco imenso e coreografias mil.


Bey mantém uma fundação, a Survivor, que presta assistência a pessoas de baixa renda e vítimas de catástrofes, como a destruição de Nova Orleans pelo furacão Katrina. Mas, sua ajuda aos que mais precisam não é recente. Seu cachê no filme Cadillac Records foi revertido para associações que auxiliam dependentes químicos.


Além de uma biografia incrível, cheia de momentos icônicos e muita música boa, Queen B reúne vários recordes em sua carreira e é uma das mulheres mais influentes no mundo. Apenas um texto no Mana Do Mês, não seria capaz de expressar a importância que Bey tem para milhares de pessoas e, principalmente, para as mulheres pretas.


"Você é a Beyoncé". "Obrigada" | Foto: Reprodução

Por esse motivo, no nosso próximo texto iremos além de sua história de vida e vamos relembrar obras marcantes e momentos específicos em que Beyoncé foi o maior simbolo de representatividade do feminismo preto no pop americano! Fiquem ligadas.


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"Mana do mês" é a personalidade feminina influente escolhida para ser homenageada pelo Telas. Todo mês uma mulher importante e relevante é selecionada para contarmos sua história e legado.


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