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#ListaPreta: 7 mulheres do mundo da música para você acompanhar

A atual edição da série #ListaPreta chega ao final, neste 30 de novembro, com um tema que a gente ama: música. Mas se eu te perguntar sobre os artistas que você consome na indústria da música, você consegue refletir se há um equilíbrio racial e de gênero? E não falo somente de representatividade à frente dos palcos, mas também tocando instrumentos, nos bastidores e produzindo em estúdio. A cadeia da música é enorme!

Segundo pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) com universidades britânicas, no Brasil, além do machismo, soma-se aos desafios da mulher preta a questão do racismo. Conforme aponta o professor Rogério Costa, um dos pesquisadores do projeto, “as mulheres negras relatam esse duplo problema: serem discriminadas enquanto mulheres e também enquanto mulheres negras”.


Vamos conhecer, apoiar, ouvir e valorizar o trabalho de artistas pretas na indústria da música? É a melhor maneira de proporcionar mudança em um mercado machista e racista.


Confira lista completa de nomes que você pode acompanhar:


Tasha e Tracie


Se você ainda não ouviu falar nas irmãs gêmeas Tasha e Tracie Okerere, você está perdendo tempo. Elas começaram a ganhar notoriedade em 2014, mas não foi cantando. Na época, elas se destacaram na moda, fazendo sucesso com um blog de referências e tendências. Em 2019, se aventuraram no rap e passaram a ser chamadas de "brabas" por rimas que exaltam a cultura periférica, de onde vieram, proporcionando reflexões.


Nêssa


A baiana Nêssa é cheia de talentos: canta, compõe e ilustra (inclusive, poderia estar na nossa lista de ilustradoras brasileiras). Já dividiu trio com Pabllo Vittar no Carnaval e fez feat com ATTOOXXA e outros nomes, além de ter dezenas de milhares de audições no streaming. Se destaca tanto pela sonoridade contemporânea e fresca, quanto por sua identidade visual potente.


Izandra Machado


Violinista, empresária e professora de música, Izandra conheceu a música por influência do avô, que tocava percussão, e da avó, que cantava e declamava poesia. Ela aprendeu a tocar o instrumento em projetos sociais de sua cidade, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, mostrando o poder que a educação musical pode levar a vida dos jovens. Na série "Criatividade Tropical", feita pela Devassa e Trace Trends para o Globoplay, tem fala potente ao dizer que "tem preta no sul também".


Elisa Fernandes


Carioca, Elisa Fernandes é cantora e compositora. Em 2020, lançou seu primeiro álbum de estúdio, mas já fazia barulho pelo Rio de Janeiro antes disso, tanto que foi apadrinhada pelo mestre Monarco, da Portela, há alguns anos. De canto doce, mas potente, traz mensagens de conforto e de protesto em suas composições. Sua música mais conhecida é "Você não sabe o que é ser preto", um hino antirracista.


Nanny


Percussionista de Salvador, na Bahia, Nanny carrega a batida afro-brasileira dentro do peito. Começou a tocar panelas e um guarda-roupa por influência do irmão, percussionista e compositor de pagode. Já desfilou no Cortejo Afro, tradicional bloco do carnaval de rua de Salvador. Assim como nós, morre de saudade da folia!


Pacha Ana


A autenticidade de Ana Gabriela Corrêa já está no nome artístico: Pacha Ana, que significa "universo". Natural do Mato Grosso do Sul, é musicista, atriz, poetisa e arte educadora. Foi a primeira mulher de seu estado a gravar um disco de rap, o autoral "Omo Oyá", em 2018. Atualmente, está apresentando o disco "Suor e Melanina", gravado em 2021.


Mahmundi


E se estamos falando de mulheres pretas multitalentosas, não pode faltar Mahmundi, que já foi notícia aqui no Telas em diversas oportunidades. Mais conhecida como cantora, a artista se considera uma "produtora musical que canta". Não é à toa que vem produzindo ótimas faixas como produtora da Universal Music, como nos trabalhos que homenagea talentos pretos do nível de Gilberto Gil, Jovelina Pérola Negra e Martinho da Vila.


Assim como Mahmundi, alguns nomes de mulheres pretas talentosas já passaram por aqui, como Rachel Reis, Ebony, Paula Lima, Liniker e IZA. O nosso Brasil é imenso em território e quantidade de talentos. A diferença é que alguns possuem mais oportunidades que outros e separar essa realidade da desigualdade racial é impossível ainda (infelizmente).

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Listas com dicas selecionadas sobre filmes, séries, músicas, livros e peças teatrais. É nessa categoria que você descobre sugestões do que assistir nas plataformas de streaming ou o que fazer em um dia atoa em casa.

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