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Crítica: "Love Death & Robots" tem 2ª temporada tão peculiar quanto a 1ª

A segunda temporada de Love Death & Robots chegou à Netflix na última sexta-feira (14). Bem mais breve que sua antecessora (neste volume há apenas oito curtas, contra 18 do anterior), quem devorou todos os episódios da série já está ansioso para a terceira temporada, com lançamento previsto para 2022. Confira na crítica a seguir o que achamos de Love, Death and Robots.

A duração menor da segunda temporada afeta um pouco a proposta da série. A ideia de Love, Death and Robots é basicamente trazer histórias diferentes de animação sobre robôs, amor e morte (sim, o título é bem autoexplicativo). Quem assistiu ao primeiro volume sabe que a variedade de abordagens de Love Death & Robots é surpreendente, só que isso se perde nos oito episódios novos porque, apesar de diferirem bastante em temática, deixam um gostinho de quero mais e alguns curtas vistos em sequência podem se parecer entre si um pouco.


Um lado bom é que nenhum enredo se perdeu em alguma caracterização nociva dessa vez. Até hoje eu não superei os episódios A Vantagem de Sonnie (você lembra a personagem lésbica cuja motivação era ter sido violentada?) e A Testemunha (a protagonista passa a história inteira nua sem nenhuma justificativa). As personagens são mais variadas dessa vez, passando por robôs, pessoas da terceira idade e até mesmo crianças, o que renovou a abordagem.


Os estilos de animação seguem surpreendendo, com computações hiper-realistas, técnicas de pintura ou o bom e velho desenho 2D. Love, Death and Robots se mantém uma opção interessante de distração e uma série necessária para os fãs de ficção científica e/ou animação.


Listei abaixo uma opiniãozinha sobre cada episódio por ordem de preferência (do favorito ao menos interessante). Vale lembrar que a segunda temporada tem, ao total, apenas um pouco menos de 2h30 de duração, então vale a pena maratonar para conferir os curtas por conta própria!


Atendimento automático ao cliente

Esse episódio seria um começo inusitado para a antologia se não estivéssemos falando de Love Death & Robots que já é excêntrico por si só. A história dá nervoso e é surpreendentemente divertida ao mesmo tempo — parabéns pelo protagonismo de uma mulher de idade, aliás.


Gelo

Gelo se destaca pela história criativa, trazendo uma ideia de desenvolvimento tecnológico ao lado da tradição ao experimentarem uma cultura diferente. A evolução do relacionamento fraternal é simplesmente adorável.


Pela casa

O questionamento final do episódio foi o que mais me pegou: me fez rir e pensar um pouco. A ideia de subverter completamente a imagem do Papai Noel foi uma ótima sacada.


A grama alta

O final explicativo demais estraga um pouco o mistério do curta, mas o suspense é contagiante e é uma das histórias mais criativas da temporada, junto com Gelo e Pela Casa.


Esquadrão de extermínio

A distopia do curta, numa sociedade em que todos são imortais e é proibido ter filhos, chama a atenção e traz uma ambientação muito inteligente para menos de 20 minutos.


Snow no deserto

É o episódio mais característico de Love Death + Robots, então é sempre agradável assisti-lo. A partir daqui, são basicamente curtas que eu não me daria ao trabalho de reassistir.


Gaiola de sobrevivência

Fiquei agoniada durante o curta inteiro graças à atuação impecável do Michael B. Jordan, mas acredito que o primeiro episódio já tinha representado bem os danos que humanos podem sofrer quando robôs serviçais sofrem defeito.


O gigante afogado

Não tenho muito a dizer sobre esse curta, mas fiquei bastante desconfortável com o vandalismo do gigante, então acho que deu para entender a proposta da história, por mais que ela se levasse a sério demais em alguns momentos.



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Quer saber nossas impressões sobre diversas obras das mulheres na cultura? Cinema, música, literatura, teatro e muito mais. Tudo isso, duas vezes por semana, na categoria “Crítica”.


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