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Crítica: Sucesso na Netflix, vale a pena assistir o reboot de "Rebelde"?

Depois de muita expectativa, a Netflix estreou a série "Rebelde", reboot da versão mexicana da novela que conquistou diversos países da América Latina, Estados Unidos e Europa entre 2004 e 2006. A história, que é original da Argentina, parece manter a fórmula do sucesso. Desde que entrou na plataforma de streaming há uma semana, a nova produção da Netflix mantém o TOP 10 no Brasil e em diversos países. A segunda temporada já foi confirmada.


Depois de tantas versões da mesma história, incluindo uma brasileira feita pela Record em 2011, será que vale a pena assistir a nova versão? O Telas Por Elas reúne alguns elementos da produção dirigida por Santiago Limón e Yibrán Asuad para comprovar que vale a pena dar uma chance para a nova versão.



Apesar de explorar a parte menos interessante do enredo da primeira temporada da versão mexicana de 2004, uma seita criada no "submundo" do famoso colégio Elite Way School, agora chamado apenas de EWS, "Rebelde - A Série" traz elementos interessantes que vão agradar quem curte produções ambientadas em escolas e que trazem mistério, como "Elite" e "Control Z".


É interessante também que a série não recria os personagens do RBD. Mia, Miguel, Roberta, Diego, Lupita e Giovanni são lembrados apenas como os integrantes da extinta RBD. Sim, a série se passa no presente, cerca de 15 anos depois da geração RBD. A nova diretora do colégio, inclusive, é Celina Ferrer (Estefanía Villarreal), amiga inseparável de Mia e Vic. A personagem Pilar (Karla Cossío) também está de volta na narrativa, mas quem estuda no colégio é a sua filha, Jana Cohen (Azul Guaita).


Além de Jana, Luka Colucci (Franco Masini), Esteban Torres (Sérgio Mori), María José "MJ" (Andrea Chaparro), Guillermo "Dixon" (Jerónimo Cantillo), e Andrea "Andi" (Lizeth Selene) completam os novatos que chegam ao EWS. Emília Alo (Giovanna Grigio) e Sebastián "Sebas" (Alejandro Puente) completam o elenco como os veteranos vilões que "atrapalham" a vida dos novatos.

Agilidade


A produção conta com apenas oito episódios e passa bem rapidinho. Dá para maratonar em apenas um final de semana. É uma boa opção para quem procura algo com muito romance e boas doses de suspense e drama. Apesar disso, ainda traz uma história leve. Nada de história pesada. Já basta a vida real, verdade?


Giovanna Grigio


O Brasil está muito bem representado no elenco de "Rebelde" pela atriz Giovanna Grigio. Rosto conhecido de telenovelas infanto-juvenis no Brasil, Gio encara muito bem o desafio de interpretar Emília, uma brasileira veterana no EWS. Rival de Jana Cohen, ela tem pinta de vilã e atrapalha (mas, nem tanto) a vida dos novatos que chegam ao colégio e sonham em seguir uma carreira de sucesso, assim como o RBD.


Gio, que já atuou em "Chiquititas", "Malhação - Viva A Diferença" e "As Five", agora, atinge um público ainda mais distante. No Twitter, ela revelou que recebe mensagens de pessoas de diferentes países e idiomas, principalmente LGBTQIA+ pelo seu envolvimento com a personagem de Lizeth Selene.


Diversidade


A série, aliás, traz o tema da diversidade no streaming, seja pela nacionalidade de seus atores, cores ou orientação sexual dos personagens. Além de Gio, Franco Masini é natural da Argentina, enquanto Jerónimo Cantillo é da Colômbia e Lizeth Selene ascendência asiática e afro-americana. É um ponto super positivo, ainda que, reproduza estereótipos sobre essas localidades, em certos momentos, com tom de crítica.


Trilha sonora


A série, claro, é bem musical. Formar uma banda e ganhar a competição interna da escola para gravar um single é o objetivo de todos os alunos do EWS. Mas as músicas escolhidas pela direção musical são muito boas. Tem clássicos do RBD, como "Sólo Quédate En Silencio" e "Sálvame", mas também ótimas releituras. Tem até Britney Spears (#FreeBritney por aqui, sempre).


Somado a boa escolha das faixas, os vocais dos atores e cantores também ajuda a tornar a produção mais agradável. Os destaques ficam para Andrea Chaparro e Jerónimo Cantillo. Não deixe de ouvir "Pensando en Ti". Ah, a trilha sonora completa está disponível no Spotify.

--- ATENÇÃO: spoilers ---

Pontos em aberto


A série encerra com algumas perguntas em aberto: os apaixonados Jana e Esteban vão ficar juntos após a separação? Depois de trair a confiança dos amigos, MJ vai continuar na banda? Emília pode substitui-la? Certamente, as dúvidas serão esclarecidos na segunda temporada da produção. Outro ponto que pode ser melhor explorado é a sexualidade de Luka, que ficou apagada na primeira temporada.


Por outro lado, a série apresenta um desfecho satisfatório para a seita e os organizadores são literalmente desmascarados. Ok, não é muito surpreendente, mas traz uma crítica interessante sobre punição de pessoas poderosas. Por que um filho de importante política do México não pode ser expulso do colégio assim como os demais? O desfecho entre MJ e Emília também é emocionante.


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